dose

Ultimamente tenho estado tão cansada. Por que relações pessoais são tão desgastantes? 

Mesmo quando se ama, é desgastante. Isso porque as pessoas são egoístas, não vê empatia. Não se colocam no lugar do outro nem por um segundo, só para pensar como gostaria de ser tratada naquele instante. É cansativo. 

Então, fico pensando se não deveria abrir mão de todas essas relações. Quanto mais me esforço, mais parece que não tem resultado, então de que adianta? Quanto mais procuro companhia e reconhecimento dessas pessoas, mais me sinto só. As coisas são como são, de um jeito ou de outro.

Tem uma pessoa. Uma pessoa que eu sei que realmente me entende, que realmente sabe o que eu sinto. Mas ao mesmo tempo estamos tão longe. Uma barreira invisível quase palpável. De vez enquanto lembramos de coisas do passado, é tao nostálgico e... Doloroso. Queria que aqueles momentos nunca tivessem acabado.

Eu só queria que pelo menos uma única fez eu pudesse receber ao menos a mesma dose do que eu dou. Uma única vez.

escritora

eu iria começar o texto usando a expressão "às vezes", mais uma vez. assim como usei tantas vezes na minha última publicação. acho que tenho muitos vícios linguísticos.

tudo isso porque vim falar sobre como algumas vezes fico pensando no motivo de nunca ter publicado um livro de verdade. o que é engraçado, existem muitos escritores e, principalmente, escritoras que nunca publicaram um livro sequer. acho que ser escritor não depende de publicação, eu já sou de alma. agora oficialmente acredito que eu seja considerada uma escritora de blog, mas isso é muito amplo, existem muitos blogs por ai. blogs de muitos tipos, cores, temas, até sabores, de muitas identidades.

também sou escritora na prática, já que vos escrevo, mesmo que não leiam.

antes eu costumava pensar que só seria escritora de verdade quando eu ganhasse dinheiro com isso. maldito capitalismo. já existiam escritores muito antes disso ser comercializado e que bom que pode ser comercializado, mas não deixamos de ser algo só por não tornarmos isso um produto, não é?

conversei sobre isso com algumas pessoas, a gente parece que não suporta mais fazer algo sem pensar em comercializar, mas isso não é o problema, isso é o sintoma. 

de toda forma, é legal fazer algo só por fazer. 

quase

Umas das coisas que mais pode frustrar uma pessoa é o "quase", principalmente de algo que era uma vontade tão grande e se esvaiu dos seus dedos no último segundo.

Eu quase fiquei com aquela pessoa, eu quase passei na faculdade, eu quase não perdi na matéria, eu quase tive aquela garota, eu quase contei para a minha mãe. Eu quase escrevi aquele texto, eu quase me confessei pra aquele cara, eu quase me tornei escritora, eu quase consegui aquela chance, eu quase fui a garota legal, eu quase fui a preferida. Eu quase, quase, quase. 

Às vezes, eu penso nos meus "quase's".

Esse é um texto autocentrado.

Acho que tive muitos problemas a ponto de querer ser a favorita de alguém em alguma coisa. Principalmente a garota favorita. Mas sempre surgiu algo melhor. Uma amiga mais legal, uma garota mais bonita, alguém mais interessante, algo mais interessante. 

Eu deveria ser a pessoa a me ter como pessoa favorita. Eu sei.

Sempre sinto que dou tanto para as pessoas. Respeito o espaço delas mas também estou sempre por perto. Ajudo no que precisam e é isso. E muitas vezes o que precisam é uma coisa legal, pode ser divertido. Mas às vezes também pesa. E ai, eu fico pensativa.

Não é que eu faça essas coisas esperando que façam por mim, mas eu também fico me perguntando por que não fazem.

Eu não gosto de textos autocentrados, pelo menos não os meus.

BLOGS

 

uma breve história

Bom, eu sempre amei blogs, já tive alguns a uns anos atrás e senti saudades então aqui estou eu.

Vi nisso uma oportunidade de compartilhar e ter um lugar legal para minhas escritas, que pra ser sincera são uma bagunça. Mas eu os amo, haha.

Sei que as pessoas não leem mais blogs, mas o que eu posso fazer sobre isso, não é?

Eu lembro que quando fanfics começaram a ficar famosas, eu lia muita fanfic de One Direction e Justin Bieber que eram postadas em blogs, aqui mesmo no Blogspot. Na época, eu vi uma reportagem onde a Ivete Sangalo dizia que já tinha visto algumas fanfics sobre ela. Não sei exatamente a veracidade dessa memória, eu posso ter inventado tudo na minha cabecinha doente, mas lembro também que tinha lido algumas fanfics mas não sabia o nome e aprendi assim.

Na época, eu só gostava escrever poemas e poesias. Nada muito elaborado. Mas isso porque fui incentivada pela minha mãe que tinha um caderno da adolescência dela, onde ela escrevia coisas assim. Ela me deu e aquilo era tão legal que eu queria ser como ela.

Infelizmente, o caderno molhou. Na minha casa entrava muita água quando chovia. Eu fiquei arrasada, queria guardar mesmo estragado mas minha mãe não deixou. 

Aquele caderno era meu tesouro e eu o perdi...

Depois disso, continuei escrevendo coisas parecidas em cadernos. Perdi meus tesouros mais algumas vezes.

Com o passar do tempo, passei a querer escrever história, à medida que lia fanfics. Primeiro em blogs e depois em sites como Wattpad, Spirit e etc. Escrevi algumas histórias nas minhas contas e publiquei. Nunca terminei nenhuma. 

Na verdade, terminei algumas conhecidas como "oneshort", que é uma fanfic de capitulo único.

Enfim, escrevi tudo isso para dizer que blogs e fanfics foram responsáveis por grande parte do meu amor pela escrita. Chama que se ascendeu com aquele tesouro.

Eu não sei bem como me despedir ou sequer como começar essa postagem, mas sei que é o começo de algo grande. Algo grande para mim, até porque se eu morrer o mundo para de existir, não é? :D