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segunda-feira, 28 de outubro de 2024

escritora

eu iria começar o texto usando a expressão "às vezes", mais uma vez. assim como usei tantas vezes na minha última publicação. acho que tenho muitos vícios linguísticos.

tudo isso porque vim falar sobre como algumas vezes fico pensando no motivo de nunca ter publicado um livro de verdade. o que é engraçado, existem muitos escritores e, principalmente, escritoras que nunca publicaram um livro sequer. acho que ser escritor não depende de publicação, eu já sou de alma. agora oficialmente acredito que eu seja considerada uma escritora de blog, mas isso é muito amplo, existem muitos blogs por ai. blogs de muitos tipos, cores, temas, até sabores, de muitas identidades.

também sou escritora na prática, já que vos escrevo, mesmo que não leiam.

antes eu costumava pensar que só seria escritora de verdade quando eu ganhasse dinheiro com isso. maldito capitalismo. já existiam escritores muito antes disso ser comercializado e que bom que pode ser comercializado, mas não deixamos de ser algo só por não tornarmos isso um produto, não é?

conversei sobre isso com algumas pessoas, a gente parece que não suporta mais fazer algo sem pensar em comercializar, mas isso não é o problema, isso é o sintoma. 

de toda forma, é legal fazer algo só por fazer. 


quase

Umas das coisas que mais pode frustrar uma pessoa é o "quase", principalmente de algo que era uma vontade tão grande e se esvaiu dos seus dedos no último segundo.

Eu quase fiquei com aquela pessoa, eu quase passei na faculdade, eu quase não perdi na matéria, eu quase tive aquela garota, eu quase contei para a minha mãe. Eu quase escrevi aquele texto, eu quase me confessei pra aquele cara, eu quase me tornei escritora, eu quase consegui aquela chance, eu quase fui a garota legal, eu quase fui a preferida. Eu quase, quase, quase. 

Às vezes, eu penso nos meus "quase's".

Esse é um texto autocentrado.

Acho que tive muitos problemas a ponto de querer ser a favorita de alguém em alguma coisa. Principalmente a garota favorita. Mas sempre surgiu algo melhor. Uma amiga mais legal, uma garota mais bonita, alguém mais interessante, algo mais interessante. 

Eu deveria ser a pessoa a me ter como pessoa favorita. Eu sei.

Sempre sinto que dou tanto para as pessoas. Respeito o espaço delas mas também estou sempre por perto. Ajudo no que precisam e é isso. E muitas vezes o que precisam é uma coisa legal, pode ser divertido. Mas às vezes também pesa. E ai, eu fico pensativa.

Não é que eu faça essas coisas esperando que façam por mim, mas eu também fico me perguntando por que não fazem.

Eu não gosto de textos autocentrados, pelo menos não os meus.

dose

Ultimamente tenho estado tão cansada. Por que relações pessoais são tão desgastantes?  Mesmo quando se ama, é desgastante. Isso porque as pe...